domingo, 23 de setembro de 2012

Sobre mim e minha mãe.

A frequência de publicação aumenta de forma direta e proporcional aos ataques frequentes de alguma coisa que ainda tá difícil de nomear. Enfim, tô aqui vendo um filme sobre uma mulher que trabalha e trabalha e que cuida - ou pelo menos tenta cuidar - dos filhos e fazer com que a formação deles não seja traumática. Aí, eu me lembrei da minha mãe fazendo um porta-canetas com canudinhos quando eu estava na 3ª ou 4ª série. Ficou lindo e era numa garrafinha de um suco cítrico ruim pra caralho. Eu lembro que era de noite e lá estava a dona Marlene fazendo tranças nos canudos e depois os colando com super bond na garrafa de suco ruim. Lembro também de uns dias depois eu arrancar tudo falando que ficou horrível, pois a gente tinha brigado. Mas o super bond é bom e ainda restaram alguns canudinhos. 
Aí, essa semana de correria (pra variar) e num dos raros momentos em que eu passo com minha mãe, ou seja, dando carona ou fazendo supermercado, eu precisei tirar uma 3x4 pro exército e blá blá blá. Ela achou uma foto minha muito péssima, de quando eu tinha uns 12 anos com uma mensagem atrás dizendo que ela era linda e que eu a amava. Aí, eu fingi que ia rasgar e ela falou que se eu fizesse isso, era pra esquecer que ela era minha mãe. A gente riu, eu devolvi a foto e falei que eu fazia outra dedicatória em outra foto. Ela disse que não valeria mais, pois eu cresci e minha cabeça mudou...     ...    ...    ...
 Enfim, ela não achou uma foto boa (pois ela tava procurando uma pra eu não ter que tirar outra, ou seja, economizar - cabeça de economista). Tirei a foto. Voltamos. À noite, deixei a foto nova com uma dedicatória nova com uma cabeça nova embaixo  dos óculos de leitura dela que ficam na estante. No dia seguinte, eu acordei com um abraço diferente e com MINHA RAINHA, tal qual eu tinha escrito na foto, emocionada. 
Como bom canceriano, tenho questões emocionais mal resolvidas e grande apego com minha mãe. 

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