quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Para incorporar à Geladeira: não esquecer das bolinhas de gude achadas no quintal de casa onde se tem criança ao redor e muito menos a passagem dos 19 anos.

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

how about crisis

Crise epistemológica.
Crise religiosa.
Crise sentimental.
Eu estou passando pela crise. E, sabem? Está sendo muito bom.
Filosofia?
Umbanda?
"O Pedro é um queridinho"?
O dogma está caindo no abismo das interpretações.
Novas ontologias? Pode até ser...
Uma outra metafísica baratinha...
E, nos momentos em que eu estou são, eu consigo te ver de perto.

terça-feira, 9 de julho de 2013

E aí, pessoal!

Pessoal... Acordei com mau humor, tomei banho, tomei café, liguei o carro, dirigi, engarrafamento às 8 da manhã, blá blá blá, cheguei, me apresentei, trabalhei, tomei café e no meio disso tudo:
- Pedro, você já viu aquele dicionário feito pelas crianças?
- Sim, já sim...
- Você viu a definição de adulto? Então, ser adulto é sempre falar de si antes de tudo. 
Aí eu voltei pra casa. Dormi, fui ao mercado, fiz bolo, chegou minha irmã, fui pra casa dela beber vinho de graça e fumar cigarro. 
Aí voltei pra casa, liguei o notebook que vai travar qualquer dia desses e eu vou perder tudo, fiquei zanzando por aí e, no twitter, fui ler o NSVR
Aí eu vi que eu preciso do oposto. Enquanto tem gente que precisa de um pouco de solidão, eu preciso de companhia. Mas nada de amor, nem cama, nem sexo. Companhia. Certa vez eu escutei: "eu queria ser que nem você, se preocupar com as pessoas, mas no fundo, não estar nem aí". E aí eu me lembrei da terapia. Me lembrei que eu não tenho coragem pra nada nesse mundo e que ninguém tá nem aí. Se você tem tédio no seu quarto, do outro lado do mundo, na esquina, a vida não para: pra ninguém! Me lembrei dessa eterna luta racional entre "a vida é legal, poxa vida" e "essa vida não tem sentido e é uma palhaçada" e que eu faço filosofia e por qual motivo eu fui estudar isso, sendo que eu deveria ser mais sensação e menos razão e blábláblá. Lembrei que o corpo pensa. Mas o bolso anda pensando mais. Eu queria largar tudo e começar tudo de novo. Fugir por aí. Mas eu lembrei que eu vou fazer mais de 20 anos e que tudo naquela música é verdade. Eu não quero usar uma música da Tulipa que nem a Lua. Eu sou realista e sei que, por mais que a alegria tome conta e toda a esperança de uma metafísica bonitinha, tudo isso cai por terra. Então, eu vou cantar sim, mais forte, os 20 anos blues. Não vou poder fugir por aí. 
Me lembrei que eu sou macumbeiro. Mas a minha razão mata qualquer religiosidade. Eu ainda não conciliei as coisas. E espero não conciliar no final da vida, velho, esperando uma indulgência no final das coisas. 
Meu cabelo cai. Tem gente passando fome e eu aqui me preocupando comigo. Talvez esse seja o mal do mundo: ser adulto. (Se bem que, quando eu era criança, eu achava essa vida absurda). 
Rita Lee, Lua, dinheiro, coxinha com catupiry, Spinoza (sim, Spinoza... contraditório, né...): eu amo vocês.

terça-feira, 23 de abril de 2013

pai nosso dos e-mails antigos e das memórias quase perdidas e da vontade de sair correndo - ora de vergonha, ora de amor, ora de que foi isso tudo?. brigas, textos, declarações de amor pra gente que eu nunca vi na vida, foto, divulgação, nota de estética da música com aquela professora tensa, boleto do meu primeiro vestibular, print de scraps do orkut (q), churrascos fracassados e porres homéricos. 
QUE BOM QUE O TEMPO PASSA e que bom que tá todo mundo ocupado com o facebook. 
Deus existe e, por favor, leiam Carnap quando ele tomba com os metafísicos que, segundo ele, deveriam se meter em arte e não fazer da metafísica um sistema teórico. Só por falta de talento os metafísicos não viraram Beethoven ou Mozart. E eu que nem sou metafísico nem tenho talento pra música. QUE BOM QUE O TEMPO PASSA.
Have a nice night, day, life, conatus, seu óculos de sol e seu cabelo lindo. 

sábado, 30 de março de 2013

"Olha, Dorothy".

A fotografia está em tons pastéis no filme do Allen. A imagem de Ogum e a vela. A linguagem incompreensível de um quase amor desiludido pelo movimento das coisas. As canecas nas árvores. A renite que atacou e a gripe que começou. O Lemiski no MON e o quase gozo no carro escuro da rua da garoa na noite anterior. O araçá no Bosque do Papa João Paulo II. A vontade de passar que não passa. 
A vida que continua sendo besta e cheia de creme de café que já está adoçado e que, com apenas uma colher para uma xícara de leite sem nata, faz a tudo ficar confortável. Só falta o cigarro. "Olha, Dorothy, aqui tem araçá". 

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Sobre a desesperança?

Não tô conseguindo escrever nada. Tá tudo estranho, esse pessoal muito homofóbico, muito racista, muito desinteressado em conversar, muito doutrinário... Tá muito foda. Meus amigos mais próximos todos em desespero com essa vida também. Cê pode passar por tudo isso sem se afetar. Mas pode ainda ser humano? Se você souber como passar sem se afetar e continuar ser humano, você me conta. Talvez seja interessante a perspectiva.