quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Ares e uma família

It's time to spread my wings and learn how to fly, ainda que seja pela dor. Aliás, confortável mesmo é que não é.
Vontade de um 2007 na minha vida. Uma paixão daquelas de 2007. Um lugar novo daquele de 2007. Poder ser novo igual se pôde ter sido em 2007. Esquecer meus problemas familiares babacas que nem em 2007. Esquecer o nome dos bairros e das ruas de onde eu morei que nem em 2007. Aprender novos nomes de ruas e bairros e pontos de referência que nem em 2007. 
Nada como dormir, sonhar estar morrendo e ter uma conversa sincera consigo mesmo. Corajoso é fugir com o circo. Corajoso é dar uma banana pra casa da mamãe e deixar que as pessoas se matem sozinhas. Corajoso e mais lindo é viver fora disso. 
Muito lindo. Mas como? Muita gente que me cerca é corajoso, mas eu não consigo aprender. Talvez eu tenha que sumir algum tempo e mudar de ares. Ser mais brasileiro. Trabalhar, casar, ter filhos, carro, casa e morrer de infarto com um enterro dramático. 
Mas de algumas coisas não se pode reclamar. Já que a vida é encontro. 
E talvez o que me falte mesmo é uma boa dose de terapia psicanalítica no lombo. Freud, seus falos e problemas com mamães e traumas arquetípicos. 
Tá na hora de voar, mas eu mandarei notícias. (ou não, como em 2007). 

sábado, 20 de agosto de 2011

Vida travesti

Essa vida travesti. Que de dia é mocinho e de noite, ah, de noite... Anoitecer na vida. 
Anoitecer com a luz dos meninos que foram escolhidos por nós pra poder atenuar o carma. 
Ah, os meninos... Todos eles. Ah, as meninas... Todas elas... Os carros emparelhados, a macumba no rádio, o povo olhando a alegria do chocalho e dos tambores. Conceber cupido em pleno 2011. Ver gente feliz e compartilhando. Outro carro. Agora são três. Indo e vindo. Chuva. Gente. Jesus. 
Cigarros muitos, vinhos venha. Pedindo vênias. A gente que é vadio e que é decente. Nós que somos vadios e decentes. Pano-de-prato. 80 km dentro de um dia. Bolinho de chuva, chapéu Panamá, pão de queijo na forminha de empadinha. Lama. Chuva. Essa Curitiba fazendo frio. 
Mas perto de tanto frio e metafísica bagaceira, dor de barriga. É tanta emoção que o corpo não aguenta.
Já disseram que vida mesmo é encontro. E estavam cobertos de razão. 
Quem é o Kant perto do Chorão? 

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Diálogos

Mãe... Quando você descer na rodoviária de Belo Horizonte você poderia ver se tem um negócio pra mim?
- Nem vem que eu nem tenho dinheiro!
Mas mãe, custa nem cinco reais.
- Fala...
É um botton da Bandeira de Minas...
- Que que é botton, Pedro?
Ah, mãe, pode deixar...